Bem Vindos

Aproveitem as informações e coloquem em prática.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fibromialgia



















Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada a uma sensibilidade maior do indivíduo frente ao estímulo doloroso. Vários estudos demonstram que há uma predisposição genética para o seu desenvolvimento, embora esta necessite de condições ambientais para se manifestar. É mais freqüente no sexo feminino, atingindo nove mulheres para cada homem. Evidências demonstram que uma dieta equilibrada pode contribuir positivamente na amenização de dores musculares.

Alimentos naturais, hortaliças e legumes, menor quantidade de proteína animal, e maior quantidade de proteína vegetal, associados ao consumo de grandes quantidades de frutas, proporcionam um estado mais saudável aos tecidos. O uso prolongado de analgésicos aumenta a excreção de ácido ascórbico e potássio, podendo proporcionar uma deficiência de ferro e ocasionar uma anemia. A influência da alimentação sobre as manifestações da fibromialgia deve ser focalizada no sentido de promover a saúde e o bem estar do paciente.

O termo fibromialgia vem do latim fibro (tecido fibroso, ligamentos, tendões, fáscias), do grego mio (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição), ou seja, condição de dor proveniente de tendões, ligamentos e músculos. Como é formada por um conjunto de sinais e sintomas, o termo mais adequado é síndrome fibromiálgica (SFM) (Kaziyama et al, 2001). A SFM é caracterizada pela ocorrência de dor musculoesquelética generalizada crônica e pela presença de pontos dolorosos pré-determinados (tender points), na ausência de processos inflamatórios articulares ou musculares (Kaziyama et al, 2001). É considerada uma síndrome, pois engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono.

Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada a uma sensibilidade maior do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato da fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto, a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional. Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles infecções, doenças graves, traumas emocionais ou físicos, esforços repetitivos e mudanças hormonais (Antônio, 2001; Haun et al., 2001; Krusche, 2002).

Além dos pontos dolorosos e da dor difusa, os pacientes podem apresentar fadiga, sono não restaurador, sensação de inchaço, rigidez matinal, tonturas, palpitações, boca seca, cefaléia, cólon irritável, ansiedade, depressão, distúrbios no humor e estresse emocional (Pollak, 1999). Vários estudos demonstram que há uma predisposição geneticamente determinada para o desenvolvimento da fibromialgia. Esta susceptibilidade necessita de condições ambientais para se manifestar e, fenotipicamente, está associada a traços de personalidade sabidamente herdados, como o perfeccionismo e o detalhismo (Haun et al, 2001).

(Foto: Pontos dolorosos.)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Anticoagulação Oral.

Devido a dúvidas dos pacientes com relação a ingestão do medicamento anticoagulante e a Dieta restrita em Vit K, resolvi postar algumas informações para que os ajudem...

O que é anticoagulação oral?
É um tratamento medicamentoso que tem como objetivo diminuir a formação de coágulos dentro do coração e dos vasos sangüíneos, prevenindo a obstrução dos mesmos.
Normalmente, o sangue permanece na forma líquida, enquanto mantém contato com as superfícies internas do coração e dos vasos sanguíneos. Isso acontece, graças a um equilíbrio físico-químico complexo, onde se anulam forças que, por um lado favorecem a coagulação e, por outro a anticoagulação. Quando, em contato com qualquer outro tipo de superfície, biológica ou de outra natureza (um pedaço de vidro durante um corte, por exemplo), o equilíbrio se altera, e o sangue tende a coagular.
Entretanto, existem várias doenças (fibrilação atrial, coagulopatias) ou algumas condições (próteses valvares cardíacas) que aumentam a capacidade do sangue de formar coágulos mesmo dentro do coração e vasos sanguíneos. Esses coágulos podem ser lançados na circulação e obstruir alguma artéria, veia e válvula artificial provocando sérias complicações para a saúde. Para evitar esses problemas utilizam-se as medicações anticoagulantes.

Em que situações é necessário o uso de anticoagulantes?
Nem sempre são doenças. Às vezes, é o próprio tratamento de uma doença que exige a anticoagulação, como é o caso das próteses mecânicas de válvulas cardíacas, que por serem feitas de material não biológico, têm maior propensão à formação de coágulos, e necessitam ser tratados com anticoagulantes para não se agravarem.

Outras situações em que está indicado a anticoagulação são:
Fibrilação atrial
Aneurismas cardíacos
Trombose venosa profunda (coágulos nos membros inferiores)
Infarto agudo do miocárdio
Embolia pulmonar
Acidente vascular encefálico
Arteriopatias obstrutivas (obstrução nas artérias)

Quais são os anticoagulantes usados?
Os anticoagulantes podem ser de três tipos, de acordo com a forma de aplicação: oral (ingeridos pela boca), venosos (administrados através de uma veia) ou subcutâneos (administrado embaixo da pele com uma agulha pequena).
Anticoagulantes venosos: são drogas de uso exclusivo de hospitais. O mais utilizado é a heparina.
Anticoagulantes subcutâneos: são administrados por via subcutânea (embaixo da pele) e muito usados em hospitais e, por sua segurança e estabilidade de efeito, podem ser administrados também na residência. A heparina de baixo peso e seus derivados são utilizados nesta via de administração (Clexane® e Fragmin®).
Anticoagulantes orais: têm efeito extremamente potente de inibir a capacidade de coagulação do sangue. Necessitam de cuidado rigoroso, pois a dosagem ideal pode ser difícil de ser definida, necessitando de controle laboratorial constante para o seu ajuste. Quando a dosagem não está adequada, pode permitir a formação de coágulos na circulação ou sangramentos espontâneos, às vezes muito graves. A drogas utilizada com esse propósito é o Warfarin (Coumadin® e Marevan®).

Como deve ser a minha alimentação durante o uso do Warfarin?
A vitamina K, ingerida através dos alimentos, interfere na ação do anticoagulante. Variações na alimentação mudam também a quantidade de vitamina K que é ingerida e portanto, alteram a ação anticoagulante da medicação.
É importante manter estável a quantidade de vitamina K ingerida diariamente. Em geral devem ser evitadas quantidades excessivas de alimentos com alto teor de vitamina K. Evitar comer muita alimentação com vitamina K em um dia e no outro não comer nada. Essas variações podem levar a sangramentos ou risco aumentado de formação de coágulos.

Confira abaixo as quantidades de Vitamina K em cada alimento. Nenhum alimento é contra-indicado, apenas mantenha uma dieta balanceada.

Tabela. Concentração de Vitamina K em cada alimento.

ALTO TEOR
 
Chá verde
Maionese
Óleos (canola, soja)
Brócolis
Couve-de-bruxelas
Repolho
Couve verde
Pepino com casca
Endívia
Cebolinha verde
Alfaces (qualquer côr)
Mostarda
Salsa
Espinafre
Agrião
 
TEOR MODERADO
 
Margarina
Aspargo
Abacate
Repolho vermelho
Ervilhas
Quiabo
Azeite

BAIXO TEOR
 
Chá preto
Sucos, refrigerantes
Leite, queijo, manteiga
Pão, massas
Cereais, aveia
Arroz, polvilho
Milho, óleo de milho
Ovos
Iogurtes
Farinha de trigo
Frutas
Todas as carnes
Vagem
Cenoura
Couve-flor
Cebola, aipo
Pepino sem casca
Beringela, cogumelos
Batata, abóbora

Várias medicações interferem no uso do warfarin. Por isto avise seu médico, sempre que:
Houver prescrição de outros medicamentos;
Drogas não prescritas, como aspirina, remédios para resfriados e tosse, antiácidos e laxativos;
Preparações contendo vitamina K ou E;
Produtos dietéticos.
O melhor é nunca tomar remédio sem orientação médica.

Posso realizar atividade física durante o uso de Warfarin?
A atividade física é incentivada, porém ao iniciar um novo esporte é importante comunicar ao seu médico. Poderá ser necessário fazer um planejamento, porque a dose do anticoagulante poderá ser alterada.
Não há restrições quanto a atividades físicas como natação, hidroginástica, ginástica aeróbica, caminhadas, corridas (“jogging”), bicicleta ergométrica, tênis, “squash”, e musculação com carga leve de pesos.
Está contra-indicado realizar esportes de colisão (boxe, futebol, basquete), artes marciais ou esportes radicais devido ao risco de sangramento.

Um abraço a todos, espero ter ajudado.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

O que é e quais devem ser os cuidados nutricionais na gastrite?






A gastrite é uma inflamação do estômago causada por, entre outros fatores, alterações microbianas, químicas ou neurais, modificando a integridade da mucosa.
Entre suas causas, destaca-se a infecção por Helicobacter pylori. Esse microorganismo rompe a proteção da camada de muco do estômago e libera citocinas, causando um processo inflamatório que pode levar à formação de gastrite, úlceras, carcinomas, dentre outros. Esse patógeno pode ser detectado por meio de endoscopia. Outros fatores causadores de gastrites são: o uso crônico de antiinflamatórios não-hormonais (como a aspirina), alcoolismo e ingestão de substâncias erosivas.
Os sintomas da gastrite são náuseas, vômitos, mal-estar, anorexia, hemorragia e epigastralgia. Porém, muitas vezes os indivíduos acometidos por essa doença podem ser assintomáticos.
O tratamento da gastrite inclui a erradicação dos patógenos, por meio de medicamentos, que reduzirão o processo inflamatório e os sintomas. Além disso, podem-se utilizar medicamentos que neutralizem ou bloqueiem a secreção gástrica.
Os cuidados nutricionais para portadores de gastrite envolvem: evitar alguns condimentos (pimenta-do-reino e a vermelha), álcool, café (tanto o cafeinado quanto o descafeinado), refrigerantes, consumo de grande refeição antes de dormir, e alimentos que sabidamente causam desconforto ou aumento do quadro inflamatório. Todos estes alimentos são proibidos para não aumentarem a secreção gástrica, que é ácida. Se necessário, faz-se uma suplementação nutricional para evitar deficiências de micronutrientes e não prejudicar a cicatrização tecidual.



terça-feira, 15 de maio de 2012

Técnicas para Emagrecer com Saúde


























Técnicas que podem ajuda-lo(a) em um plano de reeducação alimentar


Técnicas de estilo de vida:

1. Mantenha um diário alimentar; assim você saberá onde está exagerando;

2. Maximize a percepção da alimentação evitando a alimentação automática;

3. Identifique os desencadeadores ("gatilhos") da alimentação;

4. Não faça nada diferente enquanto come (ver tv ou ler jornal, por exemplo);

5. Alimente-se no local adequado, sentado - não coma em pé ou andando;

6. Pouse os talheres entre os bocados e mastigue devagar os alimentos;

7. Use uma lista durante as compras e Não faça compras em jejum ou com fome (isso é um tiro no próprio pé rsrs);

8. Compre alimentos que requerem preparo; (alimentos prontos e congelados são os vilões da gordurinha localizada)

9. Mantenha alimentos saudáveis à vista e alimentos problemáticos fora da visão (já temos muitos problemas estes é melhor nem ter em casa hahaha);

10. Coma uma porção de cada vez e saia da mesa após alimentar-se;

11. Evite dar e trocar receitas de alimentos; (isso é o que mais vejo por aí...geralmente são receitas calóricas)

12. Prepare-se com antecedência para eventos especiais e situações que podem colocar seu emagrecimento em risco.

Técnicas de exercício:

1. Inicie os exercícios sempre de maneira gradual - não dispense a fase de alongamento, aquecimento;
2. Mantenha um diário de exercícios;

3. Aumente as caminhadas e procure sentir prazer em caminhar;

4. Aumente a atividade no seu dia-a-dia, utilizando escadas e dispensando o carro sempre que possível;

5. Aumente a atividade no seu dia-a-dia, optando por fazer você mesmo algumas atividades domésticas como lavar o carro e jardinagem;

6. Leve seu cachorro para passear.


Técnicas de atitude:

1. Procure distinguir entre fome e desejo;

2. Resista aos desejos - não inclua-os em sua lista de compras;

3. Não tenha sonhos impossíveis em relação ao peso - estabeleça objetivos realistas;

4. Concentre-se em seu comportamento e não no peso (não se pese com freqüência);

5. Viver as emoções aos invés de descontá-las nos alimentos;

6. Diferenciar entre fome e compulsão ou "gula"

7. Quando pegar um alimento para comer perguntar se é fome ou não.


Técnicas de relacionamento:

1. Um parceiro, companheiro ou amigo pode auxiliá-lo incentivando atividades, acompanhando-o durante as compras e exercitando-se junto;

2. Em caso de dificuldade em controlar o impulso, o parceiro pode fazer as compras;

3. Converse com a família para que eles apoiem e auxiliem no seu tratamento, evitando insistir no preparo de alimentos inadequados e não ridicularizando suas atitudes e esforços.


Técnicas de nutrição:

1. Procure conhecer o valor calórico dos alimentos: leia atentamente o rótulo;

2. Procure alimentos com baixo teor de gordura ou sem gordura;

3. Lembre-se que um alimento que não contém açúcar pode conter muita gordura: novamente preste atenção no rótulo;

4. Procure evitar alimentos gordurosos, limitando-os a um máximo de 30% do valor calórico total diário;

5. Aumente os carboidratos complexos (como arroz, feijão e massas) e evite os carboidratos simples (como doces e açúcar);

6. Torne a dieta pobre em calorias apetitosa (use ervas, temperos diferentes);

7. Procure aumentar a quantidade de fibras na dieta (coma frutas com bagaço e verduras);

8. Procurar realizar uma atividade nos horários de maior vontade de beliscar : caminhar, ir ao shopping, sair com o cachorro,...

9. Quando der vontade de comer doces procurar os caseiros, sem creme de leite, leite condensado e chocolate;

10. Ingerir pelo menos 2L de líquidos por dia;

11. Sempre que der vontade de comer algo, tomar líquidos antes.


Seja sempre realista... VOCÊ É O QUE VOCÊ COME, ou BEBE RSRS.

Beijão a todos! Cuidem-se...

terça-feira, 20 de março de 2012

Hipotireoidismo...

Essencial para o bom funcionamento do organismo, a tireóide é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo humano. Sua principal função é a produção e armazenamento dos hormônios tireoidianos: T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina). A produção desses hormônios é feita após a estimulação das células pelo hormônio da hipófise TSH.


Os hormônios (T3 e T4) são responsáveis por regular o nosso metabolismo, ou seja, o conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula. O problema acontece quando as taxas desses hormônios ficam alteradas.

Sintomas como: cansaço, sonolência, unhas quebradiças, aumento ou diminuição de peso, desânimo, cabelos e peles secos, prisão de ventre ou tendência a diarréia, ansiedade, perda de apetite podem ser sinais de que algo não anda bem com sua tireóide. Por isso fique atenta. Antes de mais nada veja quais são os principais distúrbios da tireóide.

Como eu estou convivendo com o hipotireoidismo durante alguns anos sempre aparece alguma dúvida então para ajudar quem também tem esse mesmo problema resolvi postar algumas informações...

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é caracterizado pela diminuição na produção dos hormônios T3 e T4. Esse mal atinge tanto homens quanto mulheres, mas a incidência é maior entre as mulheres e aumenta com a idade, principalmente depois dos 35 anos.

Pode ter várias causas, mas a mais comum decorre da doença de Hashimoto. Essa doença aparece quando o organismo, por razões ainda desconhecidas, não reconhece a tireóide como parte do corpo e o sistema imune começa a produzir anticorpos que "atacam" a glândula. Ou por falta de iodo na dieta.

O diagnóstico é feito através de exames de sangue que medem a quantidade dos hormônios tireoidianos. Alto nível de TSH circulante é o melhor indicador de hipotireoidismo. Em contrapartida, os níveis de T3 e T4 aparecem reduzidos.

Além dos exames de sangue é importante ficar atento a alguns sintomas que podem indicar hipotireoidismo. São eles: depressão, cansaço, cabelos e pele ressecados, unhas quebradiças, fadiga, prisão de ventre, anemia, aumento de peso, tornozelos e rosto inchados, menstruação irregular e colesterol elevado. Na presença de mais de um desses sintomas é importante que consulte um médico.

Apesar de não ter cura, o tratamento varia de pessoa para pessoa e deve ser avaliado pelo médico. Mas de maneira geral ele é feito através de medicamentos que visam repor os hormônios que a tireóide não consegue produzir.

Muitas pessoas que tem hipotireoidismo dizem que não conseguem eliminar peso, pois tem o "metabolismo lento". Realmente, o metabolismo dessas pessoas é mais lento devido à diminuição dos hormônios da tireóide T3 e T4, porém o apetite tende a diminuir. A melhor maneira de "acelerar" o metabolismo é ter uma alimentação saudável e fracionada, praticar atividade física regularmente e fazer o tratamento adequado.

Recomendações
Não se assuste com a idéia de epidemia de problemas na tireóide. Avanço nas técnicas de diagnóstico explica o aumento do número de casos;

A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio;

A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade;

Procure adotar uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos, o que acontece é a lentidão do metabolismo que pode ser corrigido com medicação adequada.

Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contra-indicada para pacientes com hiprtieoidismo;

Fumar é desaconselhável ;

TRATAMENTO.

No hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a reposição do hormônio tireoxina que a tireóide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.



;) Boa terça-feira a todos.



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Diabetes e Alimentação

Ultimamente está aumentando o índice de pacientes portadores de diabetes e devido a esse fator hoje vou falar sobre este assunto.

Como deve ser a Alimentação do DIABÉTICO? A alimentação que se recomenda para as pessoas com diabetes deve incluir alimentos variados, em quantidades adequadas para alcançar e manter o peso corpóreo ideal, evitar o aumento de glicemia, do colesterol e de outras gorduras no sangue, além de prevenir complicações, contribuindo para o bem estar e a qualidade de vida.
Para atingir esses objetivos, é necessário consumir diariamente e na medida certa para cada pessoa:
Alimentos Energéticos: Fontes de carboidratos complexos (pães, cereais, massas e raízes).
Alimentos Reguladores: Fontes de carboidratos, vitaminas, minerais e fibras (verduras, legumes e frutas).
Alimentos Construtores: Fontes de proteínas e cálcio (leite e derivados) e proteínas e ferro (carnes magras, ovos, feijões).
Uma boa dica para todas as pessoas é incluir, em cada refeição, alimentos dos três grupos. É importante que se diga que o plano alimentar atualmente recomendado às pessoas com diabetes, de forma geral, é o mesmo que orienta a alimentação de quem não tem diabetes.
Recomenda-se que as pessoas com diabetes evitem açúcares, doces, pães, farinhas e massas em excesso, bem como bebidas com açúcar ou alcoólicas. Entretanto, pessoas cujo diabetes esteja bem controlado, peso adequado, e seguem um tratamento intensivo e contagem de carboidratos, podem até usar pequenas quantidades de açúcares junto com refeições equilibradas.
Para tanto, é indispensável conversar com o nutricionista, que poderá orientar o planejamento alimentar com a contagem dos carboidratos e com o médico que irá prescrever o tipo e dosagem de insulina adequada, quando necessária.

Dúvidas mais comuns sobre alimentação e diabetes:

É verdade que o mel também faz subir a glicemia?
Sim! O mel também contém sacarose, além de outros tipos de açúcar (frutose e glicose), sendo desaconselhado o seu uso generalizado como substituto do açúcar comum. Em excesso o mel, assim como o açúcar cristal, mascavo, também engorda e faz subir o açúcar no sangue.

O pão de glúten, centeio ou integral, as bolachas salgadas e as torradas podem ser usadas à vontade?
Não! Como qualquer outro tipo de pão, eles contêm amido que se transformará em açúcar no sangue, não podendo ser usados à vontade. Podem ser consumidos de maneira moderada, assim como o pão comum. Ressalte-se que o pão torrado e os biscoitos de água e sal têm seu amido transformado em açúcar mais rápido que o pão fresco, ou seja, fazem subir a glicemia mais rápido que os pães não torrados. Pães ricos em fibras, como os de aveia, trigo integral e centeio são os mais indicados, mas não podem ser consumidos em excesso.

A pessoa que tem diabetes pode comer macarrão (massas em geral) ou pão fresco?
Sim! Estes alimentos têm composição semelhante ao arroz e podem ser consumidos, desde que em quantidades não excessivas e em refeições mistas, complementadas com alimentos ricos em proteínas (como as carnes magras, peixes e aves; as leguminosas, como soja, feijão, lentilha, grão de bico, ou ovos) e ricos em fibras (como as hortaliças cruas e cozidas). Sempre que possível, deve-se dar preferência às massas e pães integrais, assim como arroz integral (os cereais integrais e seus derivados contêm fibras, que dentre outros efeitos benéficos retardam a passagem de glicose derivada da digestão do amido para o sangue. Massas, pães integrais e arroz integral podem ser substituídos por outros cereais integrais, como aveia ou milho ou ainda por raízes como cará, mandioca, batata ou inhame).


Os produtos dietéticos (alimentos “diet” ou “light”) podem ser usados à vontade?
Não! Alguns produtos dietéticos não contêm açúcar, outros contêm. Alguns, como os chocolates dietéticos, mesmo não contendo açúcar são desaconselhados para quem precisa emagrecer, pelo alto valor calórico. É importante sempre ler os rótulos dos produtos com muita atenção para saber se eles contêm ou não açúcar, qual a quantidade de carboidratos que contêm e qual seu valor calórico. (Um chocolate normal tem entre 440 e 550 calorias em 100 gramas; um chocolate “diet” de 100 gramas tem cerca de 530 calorias).

Todas as frutas são permitidas para as pessoas com diabetes?
Sim! As frutas contêm o açúcar natural, mas não prejudicam a saúde da pessoa que tem diabetes, desde que usadas em quantidades adequadas. Isso significa que uma criança poderá ingerir cerca de 3 frutas por dia; um adolescente ativo ou uma gestante, até 4 frutas; um adulto magro entre 2 e 4 frutas, dependendo de sua atividade física; e um obeso poderá ter seu limite fixado em 2 frutas ao dia. É importante lembrar que as frutas devem ser de tamanho pequeno ou médio e devem ser consumidas com casca e bagaço, sempre que possível. Vale destacar, também, que algumas frutas (como a uva, o caqui, a manga, e a banana nanica) têm mais açúcar que outras, o que não proíbe o consumo, mas indica a necessidade de controlar o tamanho da porção a ser ingerida. O abacate, por sua vez, quase não tem açúcar e é muito rico em um tipo de gordura que aumenta o bom colesterol, mas tem um valor calórico muito alto, o que recomenda consumo em quantidade pequena pelas pessoas com excesso de peso.

As carnes, ovos e queijos não contêm açúcar. Podem, então, ser usados à vontade?
Não! Carnes, ovos e queijos não contêm açúcar, mas possuem proteínas que, em excesso, também alteram a glicemia e sobrecarregam os rins. Esses alimentos também têm gorduras saturadas e colesterol que, em excesso, podem comprometer o sistema cardiovascular de quem tem diabetes e levar às complicações crônicas (pressão alta, doença renal, ou doenças cardíacas).

O leite e o iogurte devem ser consumidos pela pessoa que tem diabetes?
Sim! Leite e iogurte são alimentos fontes de proteínas e de cálcio, importantes não só para o crescimento da criança, como para a boa formação dos ossos do adolescente e para evitar perdas ósseas no adulto e idoso. Recomenda-se para o adulto a ingestão de 2 a 3 porções desses alimentos, diariamente. Gestantes, nutrizes e crianças pequenas podem precisar de 3 a 4 porções diárias. Para crianças até os 12 anos de idade, recomenda-se leite integral. Para os adultos leite desnatado. Uma observação que vale a pena ser feita é que o leite contém, naturalmente, um açúcar (a lactose) que também eleva a glicemia. Portanto, o leite também não pode ser ingerido em excesso, mesmo que desnatado. O iogurte também contem lactose, ainda que em menor quantidade. Já o queijo não a contem, sendo um bom substituto do leite, desde que branco ou magro (uma fatia grossa substituindo um copo de leite).

Feijão faz bem para quem tem diabetes?
Sim! O feijão é um alimento rico em proteínas vegetais, amido e fibras, substâncias importantes para a saúde das pessoas com diabetes. O excesso de feijão, assim como de qualquer outro alimento, deve ser evitado. O efeito da mistura arroz-feijão sobre a glicemia é melhor que o arroz sem feijão (ou seja, a mistura arroz-feijão faz subir menos o açúcar no sangue que o arroz puro). Se a refeição for complementada com verduras cruas e cozidas e carne magra, melhor ainda!

É verdade que tudo que nasce embaixo da terra (cenoura, beterraba, mandioca e batata) aumenta a glicemia?
Não! Essas raízes contêm carboidratos, que se transformam em açúcar (glicose) em nosso organismo. Mas isso não quer dizer que não possam ser utilizados pela pessoa com diabetes. A cenoura e a beterraba podem ser usadas para variar as saladas mistas, cruas ou cozidas (1 pires dos de chá por refeição). Já a batata, a mandioca, o cará e o inhame devem ser utilizados no lugar do arroz ou do macarrão, em quantidades não excessivas. Para saber a quantidade adequada para cada pessoa, avaliação e cálculos individualizados são necessários. Se seu peso e sua glicemia estão adequados, provavelmente as quantidades que você ingere estão corretas.

Quem tem diabetes pode consumir bebidas alcóolicas?
Depende! Alguns estudos sugerem que bebidas alcóolicas, usadas com moderação (1 a 2 taças de vinho por dia) fazem bem para o coração. Entretanto, vale ressaltar que bebidas alcóolicas são ricas em calorias, provenientes do álcool e do açúcar que algumas contêm. Isso faz que não sejam recomendadas para pessoas com excesso de peso. Por outro lado, o álcool pode provocar efeitos adversos quando combinado com alguns hipoglicemiantes orais. Também pode provocar hipoglicemia, mesmo que a pessoa não faça uso de insulina ou medicação oral, aumento do triglicérides no sangue e agravamento de várias complicações do diabetes. Logo, seu uso deve ser bem orientado pelo médico e pelo nutricionista.

Existem planos alimentares para diferentes faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes)?
A alimentação de crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, diabéticos ou não, deve seguir planos diferenciados para atender as necessidades do crescimento, do envelhecimento ou da gestação. Os planos alimentares devem ser diferenciados pela idade ou estado fisiológico, mas as orientações gerais relativas ao diabetes são válidas para todos. É claro que quanto mais vulnerável o estado fisiológico, maior a necessidade de individualização do plano alimentar para a pessoa com diabetes.

Por que o consumo de gorduras deve ser controlado?
Gorduras devem ser utilizadas com moderação porque contribuem para o aumento de peso e para o aumento das gorduras do sangue (colesterol e triglicérides), agravando o risco de aterosclerose e doenças do coração. É bom esclarecer que nem todas as gorduras são igualmente perigosas. As mais prejudiciais são as de origem animal: carnes gordurosas, gema de ovo, banha de porco, toucinho, bacon, manteiga, creme de leite, maionese, ricas em colesterol ou nas chamadas gorduras saturadas, que aumentam a produção do colesterol em nosso organismo. As gorduras vegetais, como os óleos de milho, girassol, arroz e soja não contêm colesterol. Além disso, essas gorduras são insaturadas, o que contribui para evitar a aterosclerose. O azeite de oliva, óleo de canola e as gorduras dos peixes, por sua vez, ricos nos chamados ácidos graxos ômega 3 até ajudam a diminuir o colesterol total.
O azeite de dendê, o leite de coco e a gordura de coco são exemplos de gorduras vegetais saturadas, que aumentam o colesterol do sangue. As margarinas vegetais, em grande parte dos casos, são quase tão prejudiciais quanto a manteiga, pois se tornam saturadas no processo de hidrogenação. Há exceções, as margarinas cremosas pouco hidrogenadas (mais moles ou menos firmes que a maioria), produzidas com óleos insaturados, e em alguns casos enriquecidas com ômega 3. Todas as gorduras e óleos, se usados em excesso, engordam!

Estas são as principais dúvidas dos pacientes que atendo, espero ter ajudado todos os diabéticos a procura de respostas sobre como deve ser sua alimentação.
Abraços a todos e se cuidem....