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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fibromialgia



















Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada a uma sensibilidade maior do indivíduo frente ao estímulo doloroso. Vários estudos demonstram que há uma predisposição genética para o seu desenvolvimento, embora esta necessite de condições ambientais para se manifestar. É mais freqüente no sexo feminino, atingindo nove mulheres para cada homem. Evidências demonstram que uma dieta equilibrada pode contribuir positivamente na amenização de dores musculares.

Alimentos naturais, hortaliças e legumes, menor quantidade de proteína animal, e maior quantidade de proteína vegetal, associados ao consumo de grandes quantidades de frutas, proporcionam um estado mais saudável aos tecidos. O uso prolongado de analgésicos aumenta a excreção de ácido ascórbico e potássio, podendo proporcionar uma deficiência de ferro e ocasionar uma anemia. A influência da alimentação sobre as manifestações da fibromialgia deve ser focalizada no sentido de promover a saúde e o bem estar do paciente.

O termo fibromialgia vem do latim fibro (tecido fibroso, ligamentos, tendões, fáscias), do grego mio (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição), ou seja, condição de dor proveniente de tendões, ligamentos e músculos. Como é formada por um conjunto de sinais e sintomas, o termo mais adequado é síndrome fibromiálgica (SFM) (Kaziyama et al, 2001). A SFM é caracterizada pela ocorrência de dor musculoesquelética generalizada crônica e pela presença de pontos dolorosos pré-determinados (tender points), na ausência de processos inflamatórios articulares ou musculares (Kaziyama et al, 2001). É considerada uma síndrome, pois engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono.

Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada a uma sensibilidade maior do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato da fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto, a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional. Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles infecções, doenças graves, traumas emocionais ou físicos, esforços repetitivos e mudanças hormonais (Antônio, 2001; Haun et al., 2001; Krusche, 2002).

Além dos pontos dolorosos e da dor difusa, os pacientes podem apresentar fadiga, sono não restaurador, sensação de inchaço, rigidez matinal, tonturas, palpitações, boca seca, cefaléia, cólon irritável, ansiedade, depressão, distúrbios no humor e estresse emocional (Pollak, 1999). Vários estudos demonstram que há uma predisposição geneticamente determinada para o desenvolvimento da fibromialgia. Esta susceptibilidade necessita de condições ambientais para se manifestar e, fenotipicamente, está associada a traços de personalidade sabidamente herdados, como o perfeccionismo e o detalhismo (Haun et al, 2001).

(Foto: Pontos dolorosos.)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Anticoagulação Oral.

Devido a dúvidas dos pacientes com relação a ingestão do medicamento anticoagulante e a Dieta restrita em Vit K, resolvi postar algumas informações para que os ajudem...

O que é anticoagulação oral?
É um tratamento medicamentoso que tem como objetivo diminuir a formação de coágulos dentro do coração e dos vasos sangüíneos, prevenindo a obstrução dos mesmos.
Normalmente, o sangue permanece na forma líquida, enquanto mantém contato com as superfícies internas do coração e dos vasos sanguíneos. Isso acontece, graças a um equilíbrio físico-químico complexo, onde se anulam forças que, por um lado favorecem a coagulação e, por outro a anticoagulação. Quando, em contato com qualquer outro tipo de superfície, biológica ou de outra natureza (um pedaço de vidro durante um corte, por exemplo), o equilíbrio se altera, e o sangue tende a coagular.
Entretanto, existem várias doenças (fibrilação atrial, coagulopatias) ou algumas condições (próteses valvares cardíacas) que aumentam a capacidade do sangue de formar coágulos mesmo dentro do coração e vasos sanguíneos. Esses coágulos podem ser lançados na circulação e obstruir alguma artéria, veia e válvula artificial provocando sérias complicações para a saúde. Para evitar esses problemas utilizam-se as medicações anticoagulantes.

Em que situações é necessário o uso de anticoagulantes?
Nem sempre são doenças. Às vezes, é o próprio tratamento de uma doença que exige a anticoagulação, como é o caso das próteses mecânicas de válvulas cardíacas, que por serem feitas de material não biológico, têm maior propensão à formação de coágulos, e necessitam ser tratados com anticoagulantes para não se agravarem.

Outras situações em que está indicado a anticoagulação são:
Fibrilação atrial
Aneurismas cardíacos
Trombose venosa profunda (coágulos nos membros inferiores)
Infarto agudo do miocárdio
Embolia pulmonar
Acidente vascular encefálico
Arteriopatias obstrutivas (obstrução nas artérias)

Quais são os anticoagulantes usados?
Os anticoagulantes podem ser de três tipos, de acordo com a forma de aplicação: oral (ingeridos pela boca), venosos (administrados através de uma veia) ou subcutâneos (administrado embaixo da pele com uma agulha pequena).
Anticoagulantes venosos: são drogas de uso exclusivo de hospitais. O mais utilizado é a heparina.
Anticoagulantes subcutâneos: são administrados por via subcutânea (embaixo da pele) e muito usados em hospitais e, por sua segurança e estabilidade de efeito, podem ser administrados também na residência. A heparina de baixo peso e seus derivados são utilizados nesta via de administração (Clexane® e Fragmin®).
Anticoagulantes orais: têm efeito extremamente potente de inibir a capacidade de coagulação do sangue. Necessitam de cuidado rigoroso, pois a dosagem ideal pode ser difícil de ser definida, necessitando de controle laboratorial constante para o seu ajuste. Quando a dosagem não está adequada, pode permitir a formação de coágulos na circulação ou sangramentos espontâneos, às vezes muito graves. A drogas utilizada com esse propósito é o Warfarin (Coumadin® e Marevan®).

Como deve ser a minha alimentação durante o uso do Warfarin?
A vitamina K, ingerida através dos alimentos, interfere na ação do anticoagulante. Variações na alimentação mudam também a quantidade de vitamina K que é ingerida e portanto, alteram a ação anticoagulante da medicação.
É importante manter estável a quantidade de vitamina K ingerida diariamente. Em geral devem ser evitadas quantidades excessivas de alimentos com alto teor de vitamina K. Evitar comer muita alimentação com vitamina K em um dia e no outro não comer nada. Essas variações podem levar a sangramentos ou risco aumentado de formação de coágulos.

Confira abaixo as quantidades de Vitamina K em cada alimento. Nenhum alimento é contra-indicado, apenas mantenha uma dieta balanceada.

Tabela. Concentração de Vitamina K em cada alimento.

ALTO TEOR
 
Chá verde
Maionese
Óleos (canola, soja)
Brócolis
Couve-de-bruxelas
Repolho
Couve verde
Pepino com casca
Endívia
Cebolinha verde
Alfaces (qualquer côr)
Mostarda
Salsa
Espinafre
Agrião
 
TEOR MODERADO
 
Margarina
Aspargo
Abacate
Repolho vermelho
Ervilhas
Quiabo
Azeite

BAIXO TEOR
 
Chá preto
Sucos, refrigerantes
Leite, queijo, manteiga
Pão, massas
Cereais, aveia
Arroz, polvilho
Milho, óleo de milho
Ovos
Iogurtes
Farinha de trigo
Frutas
Todas as carnes
Vagem
Cenoura
Couve-flor
Cebola, aipo
Pepino sem casca
Beringela, cogumelos
Batata, abóbora

Várias medicações interferem no uso do warfarin. Por isto avise seu médico, sempre que:
Houver prescrição de outros medicamentos;
Drogas não prescritas, como aspirina, remédios para resfriados e tosse, antiácidos e laxativos;
Preparações contendo vitamina K ou E;
Produtos dietéticos.
O melhor é nunca tomar remédio sem orientação médica.

Posso realizar atividade física durante o uso de Warfarin?
A atividade física é incentivada, porém ao iniciar um novo esporte é importante comunicar ao seu médico. Poderá ser necessário fazer um planejamento, porque a dose do anticoagulante poderá ser alterada.
Não há restrições quanto a atividades físicas como natação, hidroginástica, ginástica aeróbica, caminhadas, corridas (“jogging”), bicicleta ergométrica, tênis, “squash”, e musculação com carga leve de pesos.
Está contra-indicado realizar esportes de colisão (boxe, futebol, basquete), artes marciais ou esportes radicais devido ao risco de sangramento.

Um abraço a todos, espero ter ajudado.